sábado, 16 de janeiro de 2010

Zilda Arns


O(A) verdadeiro(a) filho(a) de Deus, que se reconhece filho(a) de Deus encarna de tal forma a Palavra, o Cristo Vivo, que nem a morte é, capaz de parar seus feitos. Temos visto homens e mulheres se doando pela causa dos pequeninos deste mundo, cumprindo o mandamento do Amor sem medida e testemunhando com a própria vida como é bom Amar. Hoje, com o coração apertado vemos a emoção tomar conta de nós com a notícia da morte da Dra. Zilda Arns, missionária do amor e da caridade cristã. Alguém que não permitiu que a indiferença vencesse. Indignou-se, saiu de si e pôs em prática seu batismo. Para mim, Zilda Arns é uma mártir da fé. Pode parecer estranho, afinal de contas os mártires são perseguidos e mortos. Zilda Arns morreu vítima de um terremoto. Mas o descaso com os Haitianos, que se arrasta por anos, a crueldade capitalista que ignora o sofrimento humano naquele país, já produziu muitos mártires, muitos mártires desconhecidos, certamente muitos já deram suas vidas na luta pela dignidade daquele povo. Agora foi a vez de Zilda Arns. Reconhecemos um mártir pelas obras realizadas em vida e pelos frutos que colhemos após sua morte. Já começamos a colher os frutos de Zilda, o mundo olha para o Haiti como nunca olhou. Será que se essa missionária da Pastoral da Criança não estivesse no Haiti o tratamento das autoridades mundiais seria o mesmo? Não! É notório o descaso com aquele país. Tantos já morreram e morrem todos os dias na Ilha caribenha, sem que o mundo se mova. De que adianta enviar missões de paz, se nossos governantes não se entendem numa conferência sobre o clima? Um evento que poderia mudar a história da humanidade pára na vaidade e na ganância que não permite investimentos, recursos financeiros para resolver o problema. Inacreditável!
Zilda Arns parte para a Vida Eterna, mas deixa um legado inesquecível. É preciso vencer a indiferença, é preciso lutar hoje e sempre para que “todos tenham vida e vida em abundância”. Morreu em missão, morreu se doando, morreu, mas estará sempre viva em seus atos.
Eu só peço a Deus que a dor não me seja indiferente, que a morte não me encontre, um dia, solitário sem ter feito o que eu queria” (Mercedes Sosa)

3 comentários:

Unknown disse...

Juninho Deusemi, acredito que todo cristao deve professar sua fé no templo, em casa, no trabalho, e em todos os locais. Porém, a fé sem ações concretas nao promove a vida.
Por isso, acredito que é preciso seguir os passos de Cristo e sair pelas ruas, praças e viadutos e nos sensibilizarmos com as necessidades dos nossos irmãos em Cristo.
Não acredito que somente as orações poderá vencer a indiferença e desigualdade. Isso é comodidade, além de transferir para Deus toda obrigação de fazer as mudanças para nós.
Vamos ser cristãos atuantes e conscientes da nossa missao de seguidores do Cristo, agindo de forma pratica e comprometida em todas as esferas sociais, ou seja, na família, na igreja, no trabalho, no lazer, e principalmente na política descente e ensinada por Jesus Cristo.
Que a vida da Dra. Zilda Arns seja exemplo de como o verdadeiro cristão deve professar sua fé. Além de constante oração e vigília, nossa irmã, agiu, saiu da comodidade, e consegiu mudar o futuro de milhares de crianças. Dra. Zilda Arns, seguiu os passos de Cristo, pois seu trabalho gerou e gera vida em abundância.

Juninho Deusemi disse...

Valeu Alexandre, obrigado pela colaboração neste blog.
Juninho Deusemi

Grupo de Oração Sal da Terra disse...

Amigo e irmão Juninho Deusemi, quando li seu artigo a primeira palavra que veio ao coração foi "Compaixão".
Compadecer é "sofrer com". Ter compaixão é a virtude de compartilhar o sofrimento do outro. Não significa aprovar suas razões, sejam elas boas ou não. Ter compaixão é não ter indiferença frente ao sofrimento do outro.
A compaixão se caracteriza através de gestos concretos, na qual uma pessoa agindo com espírito de compaixão busca ajudar aqueles pelos quais se compadece.
Jesus também se compadeceu com a morte de seu amigo Lázaro e como gesto concreto trouxe de volta à vida.
A Dra Zilda Arns com seu gesto, sua compaixão, sua doação, trouxe de volta à vida de várias crianças.
Que a Dra Zilda Arns interceda por nós lá céu para que sejamos compassivos com aqueles que mais sofrem.